quarta-feira, 14 de agosto de 2019

O TEXTO E SUAS MODALIDADES

DEFINIÇÃO DO TERMO TEXTO

- Texto designa um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve, antigo ou moderno.
- Concretiza-se numa cadeia sintagmática de extensão variável.

Podemos, então, classificar como texto, uma frase, um fragmento de diálogo, um provérbio, um verso ou uma estrofe, um poema ou um romance, ou até mesmo uma palavra (frase de situação ou frase inarticulada).

Texto ou Discurso pode ser sinônimo de processo caso não haja limitação da linguagem verbal, no plano semiótico, multidimensional.

Texto = objeto aberto, ligado ao contexto extra-verbal.

Discurso = texto (E. Coseriu)

TIPOLOGIA DO TEXTO

- Hierarquia de tipos e subtipos.

Tipologia de acordo com a forma de estruturação = Descritivo - Narrativo - Dissertativo
Lembre-se: Embora um texto apresente uma predominância dissertativa, o mesmo texto pode apresentar parte de predominância  descritiva ou narrativa. É o que chamamos de textos mistos, segundo Werlich.

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A RETÓRICA ANTIGA - Discurso Argumentativo

- Discurso deliberativo - aconselhamento;
- Discurso judiciário - acusação ou defesa;
- Discurso epidítico - censura;
- Discurso crítico - acordo; à consternação.

Variantes textuais
- textos de uma mesma caracterização tipológica.

Exemplo:

Narração (ausência de participação direta do emissor) - biografia, conto, novela etc.

É possível distinguir-se ainda:
Subjetivo
Objetivo

Para isso, leva-se em conta dados contextuais extra-linguísticos - papel primordial do emissor e do receptor no texto.
Tema do texto - núcleo informativo fundamental ou elemento em torno do qual se estrutura a mensagem.
Abre espaço para espaços de recriação, tais como: paráfrases, comentários, resenhas, recensões etc.

Texto dissertativo:

emissor - informa
receptor - adquirir informação

CLASSIFICAÇÃO DO DISCURSO (Nova Perspectiva)

- Discurso autoritário - induzir ao leitor "fazer"
- Discurso factivo - fazer o leitor "ser"
- Discurso científico - fazer o leitor "saber"
- Discurso persuasivo - fazer o leitor "crer"

Exemplos:

Texto técnico - descrição de um processo
Texto científico - fundamentar uma ciência
Texto didático - enfatização do processo de ensinar
Texto jornalístico - informar
Texto jurídico - esclarecer leis
Texto filosófico - discussão de ideias em torno da essência, propriedade, causas e efeitos
Texto crítico - direção ao juízo de valor
Texto literário - Valorização da palavra pela palavra

Lembrando a classificação de Werlich:

descritivo - arranjo de espaço
narrativo - desenvolvimento do tempo
expositivo - análise e síntese (de representações conceptuais)
argumentativo - tomada de posição
instrutivo - incitação à ação





GUIMARÃES, Elisa. A aticulação do texto.
Série Princípios. 5ª edição. Ed. Ática.



Claudemir Oliveira Ribeiro
Língua Portuguesa e Técnicas de Redação

Psicopedagogo Institucional e Clínico

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

EM SINTONIA - TEXTO E CONTEXTO

SITUAÇÃO COMUNICATIVA

- Condição para que o texto preencha em plenitude suas funções.
- Recorrer ao conceito de contexto abre margem par uma discussão: Relação Texto/Contexto.
- A mensagem requer um contexto ao qual remete, ou seja, a presença do texto (sintonização da linguagem com o referente).
- Distinguir os referentes chamados textuais (os que remetem ao próprio texto).
- Distinguir os referentes chamados situacionais (dados extra-linguísticos que referenciam a diversidade de consumação da mensagem.

REFERENTES TEXTUAIS

1) contexto verbal

- Tem um sentido chamado de "base";
- Não considerar isoladamente traços linguísticos;
- Levar em conta suas relações com a estrutura semântica do texto - valor polissêmico dos termos;
- Delimitar a contextualização: contexto intratextual imediato;
- Constituído por unidades ou sequência de unidades - segmentação;

CONTEXTO INTRATEXTUAL IMEDIATO de um capítulo são os capítulos que o precedem (anterior - posterior).
CONTEXTO INTRATEXTUAL ACUMULADO - narrativa literária; informação contextual; articulações contextuais.
CONTEXTO INTRATEXTUAL TOTAL - agentes da ação dramática, o leitor se intera do contexto.

Expressões indiciais - remetem a componentes de situação comunicativa (emissor e receptor, ou locutor e alocutário), isto é, enunciação.

Dêiticos - elementos linguísticos que mostram a presença do emissor no enunciado - situação espacial-temporal.

Assim:
referência - dêixis.
referentes - dêiticos.

Segundo Bühler:
Dêiticos - função de mostrar e não conceituar (designação dêitica):
- pronomes pessoais
- desinências verbais
- pronomes demonstrativos
- locuções prepositivas ou adverbiais

Simutaineidade – anterioridade - posterioridade

"O que varia com a situação é o referente de uma unidade dêitica, e não sei sentido o qual permanece constante de um emprego a outro." (Elisa Guimarães)

REFERENTES SITUACIONAIS

Elementos que tomam para si a tarefa de atar o enunciado às condições de enunciação - sua ligação com o universo que lhe é exterior - referentes situacionais.

Na mobilização de componentes diversos:
- cognitivos 
- discursivos
- afetivos
- sociológicos
-culturais

O texto chega a se redefinir como a recriação verbal de dados situacionais.
situação comunicativa - exercício da relação entre locutor e interlocutor / escritor e leitor.

Assim:
estrutura formal - processo global de comunicação e interação.
conteúdo temático - assunto da situação comunicativa.
ato locutário - produzido conforme as regras de um sistema gramatical.
ato ilocutório - orientado para influenciar o comportamento do receptor.
ato perlocutório - efeito produzido no interlocutor.

2) contexto extra-verbal

- representado pelo conjunto de objetos, circunstâncias e acontecimentos extra-linguísticos a que a mensagem se refere.
- ser conhecido do receptor, compreensão do texto.

Relações contextuais - firmam-se como de suma importância na constituição do texto.
Significado da palavra - firma-se no interior de um contexto.


Plano de expressão + Referente extra-linguístico = plenitude do texto

ou


Plenitude do texto =
Estrutura Abstrata Profunda + Estrutura Discursiva Manifestada





GUIMARÃES, Elisa. A aticulação do texto.
Série Princípios. 5ª edição. Ed. Ática.



Claudemir Oliveira Ribeiro
Língua Portuguesa e Técnicas de Redação
Psicopedagogo Institucional e Clínico




AS ESTRUTURAS COGNITIVAS

Conceitos

Marcuschi - Conhecimentos armazenados na memória semântica e na memória episódica.
Beaugrande e Dressler - Distinguem os conceitos como primários (controles centrais; processo do texto) e secundários (relativo ao sistema de significados) ;

Modelos Cognitivos Globais

São blocos de conhecimentos intensamente utilizados no processo de comunicação e representam de forma organizada nosso conhecimento prévio armazenado na memória.
São modelos cognitivos globais: frames, esquemas, planos, scripts e cenários.

Frames - teoria proposta por Minsky (perspectiva cognitivista); mecanismo de armazenamento de conhecimento (linguagem artificial = linguagem natural); modelos globais que contêm o conhecimento comum sobre um conceito primário.

Conceito primário
Frame (conjunto)
Festa de aniversário
Bolo, brigadeiro, balões, roupas bonitas, presente, convite, convidados...

Esquemas - segundo Beaugrande e Dressler, modelos cognitivos globais de eventos ou estados dispostos em sequências ordenadas (proximidade temporal e causalidade); psicólogo Bartlett apresenta  modelos cognitivos verbais psicologia cognitiva e inteligência artificial (organização do nosso conhecimento de mundo).

Conhecimento de mundo
Esquemas (fatos)
Acidente de trânsito
acidente, chegada da ambulância, atenção à vítima, chegada da polícia, remoção de vítima, liberação do tráfego, exame técnico, culpabilidade. 

Planos - Schank e Abelson e Marcuschi definem planos como "modelos de comportamento deliberado pelas pessoas: "propósitos", "intenção".

Propósito
Intenção
horas extras no trabalho
Compra do carro 0 Km

Scripts - desenvolvida por Schank e Abelson a partir de frame de Minsky. São planos estabilizados.

frame - situação estereotipada
script - situação dinâmica

frame (estereótipo)
Script (dinâmica)
Velhinha
(pessoa)
1) infância
2) mocidade
3) velhice
Cenário - Sanford e Garrod definem como cenário o domínio estendido da referência.

Descrição
(escritor/falante)
Cenário
(tematização)
julgamento - juiz - testemunhas
Tribunal



Superestrutura ou hiperestrutura ou esquema textual

Segundo seu principal desenvolvedor, Van Dijl,pode ser caracterizada como a forma global de um texto (organização - relação hierárquica - fragmentos). É descrita como em termos de categorias e regras de formação.

As regras de formação determinam a forma como ocorrem essas categorias. Temos como exemplo o texto narrativo:


Narrativo
Argumentativo
Científico
Descritivo
Situação
Tese
Introdução
Tema / Título
Complicação
Premissa
Problema
Denominação
Ação ou Avaliação
Argumento
Solução
Definição
Resolução
Contra-argumento
Conclusão
Expansão
Moral ou Estado Final (*)
Sintese

divisão

Conclusão




(*) Van Dijk – apoia-se aqui nos trabalho de Labov e Waletsky.


Isto quer dizer conhecimento partilhado ou conhecimento de mundo. Podemos afirmar que a coerência ocorre a partir do nosso conhecimento de mundo, conhecimento prévio, o que nos leva a desenvolver um texto com conteúdo de valor, interessante e mudança de comportamento ao leitor.
"Sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor não há compreensão." (Kleiman, op. cit., p. 13).
Os estudiosos apontam vários tipos de conhecimentos:

a) conhecimento linguístico: abrange o conhecimento da língua, vocabulário, regras da língua (vocábulo - frase - função).
b) conhecimento textual: classificação do texto: 
- quanto estrutura;
- quanto interação autor / leitor;
c) conhecimento de mundo:
- conhecimento adquirido formal e informalmente. 
- popular e científico (especialidade).




FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e Coerência Textuais.
Série Princípios. 9ª Ed. 2002. Ed. Ática.




Claudemir Oliveira Ribeiro
Professor deLíngua Portuguesa
e Técnicas de Redação
Psicopedagogo Institucional e Clínico

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Reformulando a noção de coerência

Como já vimos:
a) coesão - são os que dão conta da sequência superficial do texto;
b) coerência - são os que conta do processamento cognitivo do texto e permitem uma análise mais profunda do mesmo.

Coesão - nível microtextual > superfície do texto;
Coerência - nível macrotextual > conexão conceitual e estruturação do sentido.

a) o texto contém mais do que o sentido das expressões na superfície do textual;
b) o texto incorpora conhecimentos e experiências cotidianas;
c) possui, também, atitudes e intenções.
d) não é sem si coerente ou incoerente;
e) o texto apresenta uma coesão sequencial;

Algumas leituras sobre o assunto:
1) Beaugrande e Dressler (1981);
2) Marcuschi (1983);
3) Winograd (1976);
4) Miller e Johson-Laird (1976).

Miller e Johson-Laird (1976):
a) mais adequada para o tratamento da coerência 
b) opera com dois níveis de aquisição:
     1) razão;
     2) experiência.

Distinção de dois conhecimentos:
a) declarativo;
b) procedimental.

Declarativo: conjunto dado pelas sentença e suas proposições que organizam os conhecimentos:
a) respeito de situações;
b) fatos do mundo real (relações do tipo lógico);
c) generalização;
d) especificação;
e) causallidade;
             ↪ armazenado na memória semêntico;

Procedimental: conhecimento dado pelos fatores ou convicções num determinado:
a) convicção num determinado formato;






FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e Coerência Textuais.
Série Princípios. 9ª Ed. 2002. Ed. Ática.




Claudemir Oliveira Ribeiro
Professor deLíngua Portuguesa
e Técnicas de Redação
Psicopedagogo Institucional e Clínico




terça-feira, 6 de agosto de 2019

ESQUEMA GERAL DOS FATORES DE COESÃO




REFERENCIAL
Substituição (anafórica e catafórica)

- pro-formas pronominais
- pro-formas verbais
- pro-formas adverbiais
- pro-formas numerais

Reiteração

- Repetição do mesmo item lexical
- Sinonímia
- Hiponímia e hiperonímia
- Expressões nominais definidades
- Nomes genéricos


RECORRENCIAL

- Recorrência de Termos
- Paralelismo
- Paráfrase
- Recursos fonológicos segmentais e supra-segmentais


SEQUENCIAL
- Temporal

- Ordenação linear
- Expressões ordenadas ou continuadoras
- Participação temporais
- Correlação dos tempos verbais

- por conexão
- operadores do tipo lógico
- conjunção
- disjunção
- condicionalidade
- causalidade
- mediação
- Implicação lógica
- complementação
- restrição ou delimitação etc.
- operadores do discurso
- conjunção
- disjunção
- contrajunção
- explicação ou justificativa
- conclusão
etc
- pausas





FÁVERO, Leonor Lopes. Esquema Geral dos Fatores de Coesão. p. 58. Coesão e Coerência Textuais.
Série Princípios. 9ª Ed. 2002. Ed. Ática.




Claudemir Oliveira Ribeiro
Professor deLíngua Portuguesa
e Técnicas de Redação
Psicopedagogo Institucional e Clínico





sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Coesão: Referencial - Recorrencial - Sequencial

REFERENCIAL

Em nossa língua, possuímos termos que têm função de estabelecer referência a alguma coisa necessária dentro do texto. A referência, por sua vez, constitui uma relação - leitor/alocutário.
A coesão referencial pode ser por substituição - quando um elemento é retomado - (retomada = anáfora e sucessão = catáfora) ou procedido pro-forma (pronominais, verbais, adverbiais, numerais) - ou por reiteração - repetição de expressões no texto (mesma referência).

1) Observações sobre a substituição

a) Pronomes pessoais - Pronomes pessoais da 3ª pessoa podem ser substitutos textuais;
b) Uma pro-forma nominal só pode substituir um nome da estrutura superficial;

anáfora esquemática ⇒ humano > sexo masculino > adulto = noivo
                                                             "inferência"

c) Não é possível a substituição por pro-forma pronominal no caso de entidade negativa;
d) Pode ser incluída na substituição a questão da definitização - ex.: artigos;
e) Pro-formas verbais: "ser" e "fazer";
f)  Elipse - substituição de qualquer elemento linguístico.

2) Reiteração

1) Repetição do mesmo item lexical;
2) Sinônimos;
3) Hiperôninos e Hipônimos;
4) Expressões nominais definidas - retomada ou repetição;
5) Nomes genéricos.


RECORRENCIAL

Coesão Recorrencial - progressão do discurso, articulação de informação nova, reiteração (sempre em termos de dominância).

Coesão Recorrencial
a) Recorrência de Termos - "ênfase" ou "intensificação" de um termo (REPETIÇÃO);
b) Paralelismo - reutilização de termos, em diferentes conteúdos;
c) Paráfrase - atividade efetiva de reformulação de um conteúdo;
d) Recursos fonológicos, segmentais e supra-segmentais:

1) Ritmo - duração silábica, pausas, acentuação, entonação;
a) silêncio - ex.: fim de texto;
b) entoação - demarcações (início de parágrafo, pausas, exclamação).

2) Recursos de motivação sonora
a) Expressividade das vogais e das consoantes (aliteração, ecos, assonâncias etc);
b) Rimas.


SEQUENCIAL

Coesão sequencial tem como objetivo a evolução, a progressão do texto, do fluxo informacional.

1) Sequenciação temporal: termos em sentido estrito; tempo do mundo real.

a) ordenação linear;
b) ordenação temporal;
c) expressões ordenação;
d) tempos verbais.

2) Sequenciação por conexão: 
(coordenação e subordinação)

Operadores lógicos

- disjunção: combina proposições por conectores;
- condicionalidade: dependência entre os termos antecendentes e os consequentes;
- causalidade: causa - consequência (condicionalidade);
- mediação: condicionalidade (termo didático);
- complementação: complementar o sentido de um termo (VTD/VTI - OD/OI);
- restrição ou delimitação: restrição, limitação, referencialidade.

Operadores discursivos

- conjunção: conexão de conteúdos que se adicionam;
- disjunção: orientações discursivas diferentes;
- contrajunção: articulação de frases que se opõe;
- explicação ou justificação: causa/consequência;

Pausas

Indicadas na escrita por sinais de pontuação:
- dois-pontos;
- vírgulas;
- ponto-e-vírgula;
- ponto-final.

Podem assinalar relações diferentes:
- condicionalidade;
- causalidade;
- conclusão etc.




FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e Coerência Textuais.
Série Princípios. 9ª Ed. 2002. Ed. Ática.




Claudemir Oliveira Ribeiro
Professor deLíngua Portuguesa
e Técnicas de Redação
Psicopedagogo Institucional e Clínico


quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Como analisar a coesão

Inúmeras formas de analisar as relações coesivas foram estudadas. Veremos algumas.

A coesão textual linear dependem de cinco categorias:

1) referência

o signo linguístico se relaciona a um objeto extralinguístico:

1.1) situacional ou exofórica
1.2) textual ou endofórica

1.2.1) anafórica: o item de referência retoma um signo já expresso no texto.
1.2.2) catafórica: o item de referência antecipa um signo ainda não expresso.

Tipos de referência

- Pessoal - pronomes pessoais e demonstrativos;
- Demonstrativa - pronomes demonstrativos e advérbios de lugar;
- Comparativa - via indireta, por meio de identidades ou similares.

2) substituição
- colocação de um item no lugar de outro.

2.1) nominal - pronomes pessoais, numerais, pronomes indefinidos, nomes genéricos;
2.2) verbal - "fazer" (substitutivo causativo) e "ser" (substitutivo existencial).

3) elipse
- omissão de um elemento lexical presente no contexto:

3.1) nominal
3.2) verbal
3.3) oracional

4) conjunção
- coesivos em virtude da relação que estabelecem entre orações, períodos e parágrafos.

Principais elementos conjuntivos:
a) advérbios e locuções adverbiais;
b) conjunções e locuções conjuntivas;
c) preposição e locuções prepositivas;
d) itens continuativos (oralidade).

Observação: Cuidado com a omissão dos elementos conectivos, pois podem causar ambiguidade prejudicando a comunicacional.

5) léxico
- reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem referente;
- limite entre a coesão lexical e a coesão gramatical;
- referência anafórica - hiperônimos e hipônimos;
- colocação/associação.

A proposta de Halliday e Hasan
a) apresenta alguns questionamentos quanto a referência, a substituição e a elipse (relação significado/resultado).
b) as palavras estão ligadas entre si dentro de  uma sequência.
c) coesão lexical/referência.


Marcuschi 

Baseou-se na teoria de Beaugrande e Dressler e sem preocupação classificatória.

Apresenta quatro grupos de conexão sequencial:

a) Repetidores - recorrência, paralelismo e definitivação;
b) Substituidores - paráfrase, pro-forma, pronominalização e elipse;
c) Sequenciadores - Tempo, aspecto, disjunção, conjunção, contrajunção, subordinação e tema-rema;
d) Moduladores - entoação e modalidades.

Mira Mateus et alii

Apresenta a Gramática como podendo ser gramatical e lexical:
a) frásica;
b) interfrásica;
c) temporal;
d) referencial (substituição e elipse).

Fávero e Kock

Classificação da Coesão:
- referencial: referência, elipse e definitização;
- lexical: reiteração e substituição;
- sequencial: temporal e conjunção.




FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e Coerência Textuais.
Série Princípios. 9ª Ed. 2002. Ed. Ática.




Claudemir Oliveira Ribeiro
Professor deLíngua Portuguesa
e Técnicas de Redação
Psicopedagogo Institucional e Clínico


O TEXTO E SUAS MODALIDADES

DEFINIÇÃO DO TERMO TEXTO - Texto designa um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve, antigo ou moderno. - Concretiza-se...